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PostHeaderIcon Fonoaudiologia na estética facial

Fonte: FÁBIO TAKAHASHI - Folha de S. Paulo

Rugas, marcas de expressão, estética facial. Esses termos, geralmente relacionados à cirurgia plástica, também fazem parte do cotidiano de fonoaudiólogos.

Trata-se de um campo no qual a carreira entrou há cerca de cinco anos no Brasil:

o tratamento estético. Exercícios antes usados para ajudar pessoas com problemas para falar ou para mastigar, agora, são aplicados para suavizar marcas de expressão no rosto.

“Claro que os exercícios não substituem o Botox. Apenas suavizam essas marcas”, afirma Esther Bianchini, especialista em motricidade (contração muscular) oral e professora-assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

O novo campo ainda se encontra “em estágio inicial”, de acordo com Ana Léia Safro Berenstein, diretora do Conselho Regional de Fonoaudiologia (SP). Ela diz que essa atividade também não está “bem delimitada”, já que pode coincidir com a atuação de outros profissionais, principalmente com a dos cirurgiões plásticos.

Mas esse é apenas um exemplo de atuação do fonoaudiólogo. Um setor que se destaca são as empresas de telemarketing. “É um mercado que cresceu muito”, diz Berenstein. Ela afirma que há duas possibilidades nesse setor. A primeira é cuidar da saúde vocal dos atendentes; a segunda é estabelecer um formato de abordagem que atraia melhor o cliente –ação ligada à linguagem.

Contato

A vestibulanda Thais Rodrigues Talarico, 19, busca neste ano vaga em fonoaudiologia na USP e na Unifesp. “Quero ajudar pessoas com problemas”, afirma.

Thais tem boas chances de se sentir bem na carreira –o perfil dela é o mesmo que Clara Regina Ávila, coordenadora do curso da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), traça para o profissional ideal.
“O fonoaudiólogo precisa gostar de acompanhar o desenvolvimento das pessoas. De bebês a idosos”, explica Ávila.

“Não é à toa que há no currículo disciplinas como sociologia [relações entre pessoas que vivem em uma comunidade] e antropologia [estudo sobre o ser humano]“, aponta Katia de Almeida, coordenadora do curso da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Outro aspecto importante na profissão, de acordo com a coordenadora da Unifesp, é saber “pensar multidisciplinarmente”. “A pessoa vai ter de trabalhar com profissionais de outras áreas, como médicos, dentistas e psicólogos”, afirma.

Estágio

De acordo com a coordenadora do curso da Santa Casa, o primeiro ano é focado em disciplinas da área biológica, que são comuns aos cursos relacionados à saúde, como medicina.

A partir do segundo ano, começam a prevalecer as matérias diretamente ligadas à atividade do fonoaudiólogo. O quarto –e último– ano é praticamente inteiro dedicado a estágios.

Dificilmente o aluno irá parar os estudos por aí. “Hoje a graduação não é mais suficiente, qualquer que seja o curso”, afirma Berenstein, diretora do conselho regional. “É recomendável que o estudante procure uma pós-graduação”, completa. “Nós damos uma formação mais generalista. Depois da faculdade, é bom que o aluno opte por uma especialização”, diz Almeida, da Santa Casa.

Problemas

De acordo com Ávila, coordenadora do curso da Unifesp, a maior dificuldade para o fonoaudiólogo é a escassez de vagas no serviço público. “Principalmente porque nem todo mundo tem dinheiro para fazer um tratamento particular.”

Berenstein, do conselho regional, aponta um atenuante para a dificuldade. “Fora dos grandes centros, há muita oferta de emprego”, diz. De acordo com ela, há 39 mil fonoaudiólogos no país; 10 mil só em São Paulo.

 

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